- Direito Autoral -

Eu respeito o dos outros!

Por favor, respeite o meu!

sábado, 17 de novembro de 2007


Se eu não estou enganada, hoje você faz quarenta e quatro anos de vida.
Ou melhor, hoje você faz quarenta e quatro anos de liberdade!
Não conheci ninguém nesta vida que tivesse esta ânsia por ser livre,
que corresse com tanta gana atrás dos seus sonhos,
mesmo os mais insanos, os mais improváveis.
É violeiro, muitos disseram que você se foi deste mundo.
Eu duvido, ou melhor, tenho certeza absoluta que ainda está por aqui.
Neste hemisfério ou no outro. Em qualquer meridiano.
Acarinhando tubarão, nú em um convés de catamaram.
Dançando, cantando, sorrindo...
Vivendo cada dia como se fosse o último,
sentindo o vento da liberdade no rosto,
deixando saudades e lições por onde passa.
Nada violeiro, singra os sete mares.
Aqui o meu coração se alegra, porque eu sei que você
É Feliz!!!!

Meu presente é o presente que você deu a mim.

E que permite ao meu espírito singrar também os mares do meus sonhos.

Violero

Vô cantá no canturí primero

As coisas lá da minha mudernage

Qui mi fizero errante e violêro

Eu falo sério i num é vadiage

I pra você qui agora está mi ôvino

Juro inté pelo Santo Minino

Vige Maria qui áve o qui eu digo

Si fô mintira mi manda um castigo

Apois pro cantadô i violero

Só hai treis coisa nesse mundo vão

Amô, furria, viola, nunca dinhêro

Viola, furria, amô, dinheiro não

Cantadô di trovas i martelo

Di gabinete, ligêra i moirão

Ai cantadô já curri o mundo intêro

Já inté cantei nas portas de um castelo

Dum rei qui si chamava di Juão

Pode acreditá meu companhêro

Dispois di tê cantado u dia intêro

O rei mi disse fica, eu disse não

Si eu tivesse di vivê obrigado

Um dia inantes dêsse dia eu morro

Deus feis os homi e os bicho tudo fôrro

Já vi iscrrito no Livro Sagrado

Qui a vida nessa terra é u'a passage

I cada um leva um fardo pesado

É um insinamento qui derna a mudernage

Eu trago bem dent'do coração guardado

Tive muita dó di num tê nada

Pensano qui êsse mundo é tud'tê

Mais só dispois di pená pelas istrada

Beleza na pobreza é qui vim vê

Vim vê na procissão u Lôvado-seja

I o malassombro das casa abandonada

Côro di cego nas porta da Igreja

I o êrmo da solidão das istrada

Pispiano tudo du cumêço

Eu vô mostrá como faiz a pachoia

Qui inforca u pescoço da viola

Rivira toda moda pelo avêsso

I sem arrepará si é noite ou dia

Vai longe cantá o bem da furria

Sem um tustão na cuia u cantadô

Canta inté morrê o bem do amô.

Cassia

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