- Direito Autoral -

Eu respeito o dos outros!

Por favor, respeite o meu!

sábado, 2 de maio de 2009

sábado, 18 de abril de 2009

Grilhões!



Grilhões!!!
Abram-me os grilhões,
Que o vento da noite , vadeia...
E eu quero sozinho voar...
Peço mil perdões,
Por contradizer...
O amor que jurei na alcova,
E as trovas que deixei ficar.
Canto tanto quanto sonho,
Vivo o sonho embalo o canto,
Prantos rolam, choro tanto,
Que tristeza me dá!
Abram-me os grilhões, que eu quero ver a paz...
Eu quero ter!
Liberdade de águas vivas,
No balanço do mar!
O meu coração não pode conter,
Do sangue que rola nas veias,
A louca tensão de viver...
Livre como o vento e solto,
Como um passarinho solto,
Longe dos grilhões... Que aprisionam!
Abram-me os grilhões, que eu quero ver a paz...
Eu quero ter!
Liberdade de águas vivas,
No balanço do mar!
Abram-me os portões,
Estou quase morto de tédio...
E o melhor remédio é cantar...
Livre como o vento e solto,
Como um passarinho solto,
Longe dos grilhões... Que aprisionam!!!


Letra de canção de autoria de Gutemberg Landi e Claudio Camillo






domingo, 29 de março de 2009

OLHOS DE OUTONO


Meus olhos cintilam ao verem o outono se achegar
O forro dourado na relva, macio
Um convite silencioso, instigante
Impossível não me deitar

O espectro da luz outonal me invade
Levando-me ao âmago dos pensamentos
Numa viagem insólita através do meu eu
Libertando-me de toda iniquidade

Renascer
Ressurgir
Recrudescer

Eis me aqui! Aberta, isenta
Resgatada para uma vida nova
Envolta pelas tochas ardentes de Hécate
À espera de um glorioso amanhecer.


Cassia

sábado, 21 de março de 2009

Lanterna dos Afogados




Para minha amiga-irmã Walkiria

Afinidade


Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois.

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos.

E o mais independente também.Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.

Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido.

Ter afinidade é muito raro.

Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.

Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.

É ficar conversando sem trocar palavras, é receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Não é sentir nem sentir contra...Nem sentir para...Nem sentir por...Nem sentir pelo...Afinidade é sentir com.

Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.

É olhar e perceber...

É mais calar do que falar, ou, quando falar, jamais explicar: apenas afirmar.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.

É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas.

Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação.

Porque tempo e separação nunca existiram,foram apenas oportunidades dadas pela vida.

Antonio Augusto Marins da Silva

Poema dos Olhos da Amada


Ó minha amada
Que olhos os teus
São cais noturnos
Cheios de adeus
São docas mansas
Trilhando luzes
Que brilham longe
Longe dos breus...
Ó minha amada
Que olhos os teus
Quanto mistério
Nos olhos teus
Quantos saveiros
Quantos navios
Quantos naufrágios
Nos olhos teus...
Ó minha amada
Que olhos os teus
Se Deus houvera
Fizera-os Deus
Pois não os fizera
Quem não soubera
Que há muitas era
Nos olhos teus.
Ah, minha amada
De olhos ateus
Cria a esperança
Nos olhos meus
De verem um dia
O olhar mendigo
Da poesia
Nos olhos teus.
Vinícius de Morais

sábado, 14 de março de 2009

Por que viado canta tão bem?





É verdade. Por que?

Cazuza, um ícone do rock nacional.
Boy George, uma mulher perfeita.
Fredy Mercuri, um anjo gay de voz maravilhosa.
Elthon John, one perfect sir gay.
George Michael, acho que o gay mais lindo da música internacional.
Cauby Peixoto, trezentas e vinte plásticas, uma voz impecável e o gay mais velho que conheço.
Caetano Veloso, bom esse nem canta tanto, mas escreve demais e tem um pezinho no reduto. Ou Não!

Não pensem que sou preconceituosa por fazer esse comentário, nada disso. Foi mesmo uma constatação. As vozes mais marcantes para mim são de gays assumidos.

E espero que todos que estão vivos continuem a presentear os meus ouvidos com lindas canções, como esta do vídeo.

Quanto ao rabicó, oras, é deles mesmo, que deem para quem quiser.

Para um grande amigo
A gota que faltava no oceano dos pensamentos filosóficos, que minimizavam as arguras da vida, tinha um nome simples e gentil:

Zé!

As lembranças afloram minha mente, fazendo sorrir o meu rosto em meio a tanta tristeza.

Aquietando meu coração inconformado. Consolando minh'alma perplexa.

Zé Lúcio foi encontrar Buddha e tenho certeza de que recebeu um elogio, pois seguiu da melhor maneira possível essa máxima:

"Um homem só é nobre quando consegue sentir piedade por todas as criaturas"
Esta é a sua grande vitória!

Zé, você um homem bom e continuará sendo em suas novas encarnações até chegar ao Nirvana.
Namastê

domingo, 1 de março de 2009

Para um penca de Jilós!!




Um singelo presente para uma turma toda louca, que me atura e às minhas esquisitices.

Um cheiro especial na Ju,entusiasta da vida blogueira, que me fez voltar a ter vontade de escrever.

Já aviso, aqui sou mais porra louca que em outros lugares. Afinal aqui é:


O Canto do Meu Mundo!!

sábado, 18 de outubro de 2008

Voltando pós-reciclagem



Uauuuuu!

Nem vou fazer as contas do tempo em que deixei este blog abandonado.

Sempre é bom reciclar. A vida então, nem se fala. Mas sempre é difícil e dolorido.

Deixemos então o passado em seu lugar e continuemos a seguir a estrada. Afinal, sempre é o melhor negócio e eu sou ávida por bons negócios.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Eis que então a mandala da vida mais uma vez girou
E cá estamos nós...

O Natal chegou!
Com suas cores,
Seus aromas,
Seu espírito de
Alegria contagiante!

Particularmente,
Acredito que não
Exista um tempo
Certo para exaltarmos
Nossa solidariedade,
Nossa amizade,
Nosso carinho e o
Nosso amor.

Muito menos que seja este o momento correto
Para nos fecharmos tal qual as conchas do mar,
Por acharmos que nada há para comemorar...

Há que se lembrar das lutas sábias por justiça
Sem que se tenha a guerra como única solução...

Há que se brindar aqueles que enxergam
Algo além da cor da pele...

Há que se comemorar as culturas
Que se juntam por um bem maior...

Porque somente
Com a união o
Ser humano pode
Ser feliz.
Sem guerras,
Sem desarmonia,
Sem fome...

Todos são Irmãos!!!


Por isto
Eu lhe desejo...
Abundância
Em todos os sentidos!!!

Que sempre você encontre a Luz,
Mesmo na mais profunda escuridão...

Que o Menino renascido
Deposite sobre sua cabeça
todas as bençãos,
Toda proteção...

Que você descubra mais uma vez dentro de si
A rara pérola de fraternidade, carinho, solidariedade e Amor
E a distribua para todos, sempre!

Que a cada amanhecer você enalteça
A suprema ventura de estar Vivo
E agradeça a Deus, a YeHoVaH, a Força Maior...

Que a nossa amada
Terra tenha...

P A Z !!!!!

sábado, 8 de dezembro de 2007

http://www.youtube.com/watch?v=OdymZtOc2BE


Damien Rice - Delicate

We might kiss when we are alone
When nobody’s watching
We might take it home
We might make out when nobody’s there
It’s not that we’re scaredIt’s just that it’s delicate

So why do you fill my sorrow
With the words you’ve borrowed
From the only place you’ve known
And why do you sing Hallelujah
If it means nothing to you
Why do you sing with me at all?

We might live like never before
When there’s nothing to give
Well how can we ask for more
We might make love in some sacret place
The look on your face is delicate

So why do you fill my sorrow
With the words you’ve borrowed
From the only place you’ve known
And why do you sing Hallelujah
If it means nothing to you
Why do you sing with me at all?

So why do you fill my sorrow
With the words you’ve borrowed
From the only place you’ve known
And why do you sing Hallelujah
If it means nothing to you
Why do you sing with me at all?

============================================
Tradução - Delicado

Podemos nos beijar quando estamos a sós
Quando ninguém assiste
Podemos fazer isso em casa
Podemos fazer amor quando ninguem estiver
Não é disso que temos medo
Isso é apenas delicado

Então porque você me enche de mágoa
Com as palavras que você pegou emprestado
Do único lugar que você conheceu
E porque você canta aleluia,
Se isso não significada nada pra você?
porque você sempre canta comigo então?

Podemos viver como nunca antes
Quando não há nada a perder
Bem, como nós podemos pedir mais?
Podemos fazer amor em algum lugar sagrado
Sua expressão é delicada

Então porque você me enche de mágoa
Com as palavras que que você pegou emprestado
Do único lugar que você conheceu
E porque você canta aleluia,
Se isso não significada nada pra você?
Porque você sempre canta comigo então?

Urso

Meu Principe Negro

Eu vou te amar pra sempre!!


sábado, 24 de novembro de 2007

quarta-feira, 21 de novembro de 2007






Baco há muito preparou esta mesa, mas ainda sim esse deus da alegria espera a oportunidade de ver-nos a volta dela, comemorando uma linda amizade que se solidifica a cada dia, a cada ano.



Minha personal psych , minha parceira de lindas músicas, ouvinte atenta e paciente de tantos bodes, companheira risonha de altas piadas muitas vezes tão sarcásticas e, principalmente, minha grande amiga Cris está fazendo aniversário!!!




Felicidade ampliada porque a vida anda sorrindo e muito e eu me alegro com tudo isso. Meu desejo é poder abraçá-la forte qualquer dia desses e não apenas para desejar mil alegrias, mas também para agradecer-lhe pela lealdade, carinho e presença em minha vida. Coisa boa demais meu Deus!




Baco vai ter paciência mais um pouco, vai compensar todo esse tempo de espera, porque a festa será inesquecível, tenho certeza disso.




Parabéns Tia!!!
Deus lhe proteja, ilumine e abençõe!!!
Obrigada, sempre!!!






E logo logo vamos nos esbaldar com vinho e esta mesa de queijos. Você, eu e meu tio!













sábado, 17 de novembro de 2007


Se eu não estou enganada, hoje você faz quarenta e quatro anos de vida.
Ou melhor, hoje você faz quarenta e quatro anos de liberdade!
Não conheci ninguém nesta vida que tivesse esta ânsia por ser livre,
que corresse com tanta gana atrás dos seus sonhos,
mesmo os mais insanos, os mais improváveis.
É violeiro, muitos disseram que você se foi deste mundo.
Eu duvido, ou melhor, tenho certeza absoluta que ainda está por aqui.
Neste hemisfério ou no outro. Em qualquer meridiano.
Acarinhando tubarão, nú em um convés de catamaram.
Dançando, cantando, sorrindo...
Vivendo cada dia como se fosse o último,
sentindo o vento da liberdade no rosto,
deixando saudades e lições por onde passa.
Nada violeiro, singra os sete mares.
Aqui o meu coração se alegra, porque eu sei que você
É Feliz!!!!

Meu presente é o presente que você deu a mim.

E que permite ao meu espírito singrar também os mares do meus sonhos.

Violero

Vô cantá no canturí primero

As coisas lá da minha mudernage

Qui mi fizero errante e violêro

Eu falo sério i num é vadiage

I pra você qui agora está mi ôvino

Juro inté pelo Santo Minino

Vige Maria qui áve o qui eu digo

Si fô mintira mi manda um castigo

Apois pro cantadô i violero

Só hai treis coisa nesse mundo vão

Amô, furria, viola, nunca dinhêro

Viola, furria, amô, dinheiro não

Cantadô di trovas i martelo

Di gabinete, ligêra i moirão

Ai cantadô já curri o mundo intêro

Já inté cantei nas portas de um castelo

Dum rei qui si chamava di Juão

Pode acreditá meu companhêro

Dispois di tê cantado u dia intêro

O rei mi disse fica, eu disse não

Si eu tivesse di vivê obrigado

Um dia inantes dêsse dia eu morro

Deus feis os homi e os bicho tudo fôrro

Já vi iscrrito no Livro Sagrado

Qui a vida nessa terra é u'a passage

I cada um leva um fardo pesado

É um insinamento qui derna a mudernage

Eu trago bem dent'do coração guardado

Tive muita dó di num tê nada

Pensano qui êsse mundo é tud'tê

Mais só dispois di pená pelas istrada

Beleza na pobreza é qui vim vê

Vim vê na procissão u Lôvado-seja

I o malassombro das casa abandonada

Côro di cego nas porta da Igreja

I o êrmo da solidão das istrada

Pispiano tudo du cumêço

Eu vô mostrá como faiz a pachoia

Qui inforca u pescoço da viola

Rivira toda moda pelo avêsso

I sem arrepará si é noite ou dia

Vai longe cantá o bem da furria

Sem um tustão na cuia u cantadô

Canta inté morrê o bem do amô.

Cassia

terça-feira, 30 de outubro de 2007


INVOCAÇÃO


Deuses do bem!

Fadas! Bruxas! Magos! Elementais!

Nesta noite mágica pedimos paz, saúde,

prosperidade, harmonia para toda a humanidade!

Que o amor impere em todos os cantos do planeta!

Que a Natureza pródiga deixe coloridos todos os lares!

Que as bênçãos dos céus recaiam sobre todos os seres vivos!

Dentro deste caldeirão estão todos os bons sentimentos,

moedas de ouro, ervas aromáticas...

Fervendo... Borbulhando... Exalando pura magia...

Conclamo a todos que têm fé a beberem desta poção essencial!

É o meu desejo manifestado,

que o Grande Sol Central brilhe nos corações de todos!


Aissiac






sábado, 22 de setembro de 2007





Vê, estão voltando as flores


Vê, nessa manhã tão linda



Vê, como é bonita a vida


Vê, há esperança ainda



Vê, as nuvens vão passando


Vê, um novo céu se abrindo



Vê, o sol iluminando


Por onde nós vamos indo.






Estão voltando as flores - Helena de Lima









quarta-feira, 19 de setembro de 2007


Recebi este texto hoje da minha amiga Walkiria, gauchinha tri- legal e depois que o li ela me brindou com mais uma das suas frases lindas:
- Mandei esse PPS, porque falar com você é como matear para mim.
Walzinha tem o dom de me deixar sem palavras, tamanho é o seu carinho. Por isso faço esta homenagem a ela e também a outra gaucha maravilhosa, Vera. Com quem falar é como matear para mim. Duas irmãs que Deus, através da internet, deu de presente para esta paulistana e que agradeço todos os dias.

"O texto desta apresentação me chegou por e-mail, supostamente conseguido num programa de rádio argentino. Gostei muito e decidi traduzí-lo e convertê-lo neste que irás ver.

Amado


Tomas um Mate?

O mate ou chimarrão não é uma bebida. Bueno, sim, pois é um líquido e entra pela boca, porém não é uma bebida. No Rio Grande do Sul e nos paises cisplatinos, ninguém toma mate porque tem sede. É mais um costume, como coçar-se. O mate faz exatamente o contrário da televisão: Te faz conversar se estás com alguém e te faz pensar quando estás solito.

O mate ou chimarrão é feito com a erva mate, a qual é encontrada principalmente no sul do Brasil e norte da Argentina. É uma bebida genuinamente nativa, sendo o mais antigo e tradicional dos hábitos gauchescos. É um legado dos índios Guaranis e esse costume foi fortalecido e expandido pelos espanhois e jesuitas.

Quando chega alguém na tua casa, a primeira frase é “buenas” e a segunda é: Vamos matear? Isto se passa em todas as casas, seja de rico ou de pobre. Passa entre mulheres e homens sérios ou imaduros, velhos ou jovens. É a unica bebida compartilhada entre pais e filhos sem discussão e onde ninguém “enche a cara”. Chimangos ou maragatos, gremistas ou colorados cevam mate sem entreveros. No inverno ou no verão.

É a única coisa em que nos parecemos vítimas e carrascos; bons e maus. Quando tens um filho, começas a dar mate quando ele te pede. Se o dá morno com algum açúcar, se sentem grandes. E tu sentes um orgulho enorme quando um piazito teu começa a chupar o mate, parece que o coração te sai do corpo. Depois com os anos, eles elegem se o tomam amargo ou doce, muito quente ou tererê, com casca de laranja ou limão ou ainda com alguma planta medicinal misturada à erva.

Quando conheces alguém e não tens confiança, ao convidá-lo para um mate perguntas: Doce ou amargo? E se o outro responde: Como tu tomas. É um bom sinal.

Nas casas do Rio Grande do Sul sempre há erva mate. A erva é a única que há sempre, com inflação, com fome, com militares, com democracia, com “mensalões”, ou com quaisquer de nossas pestes e maldições eternas. E se um dia não houver, um vizinho têm e te dá, pois a erva não se nega a ninguém.

Rio Grande do Sul é um dos poucos lugares do mundo onde a transformação de uma criança para um homem ocorre num dia em particular. Esse dia não é o dia em começastes a fumar ou usar calças ou quando fizestes circuncisão ou entrasse para a universidade ou começou a viver longe dos pais. Começamos a ser grandes no dia que temos a necessidade de tomar, pela primeira vez, um mate solito.

Não é casualidade. No dia que uma criança põe a chaleira no fogo e toma seu primeiro mate sem que haja nada em casa, nesse minuto é que descobre que tem alma. Ou está morto de medo ou está morto de amor, ou algo: porém não é um dia qualquer. Poucos são os que se recordam desse dia, mas em todos há uma revolução por dentro a partir desse dia.

O simples mate é nada mais nada menos que uma demonstração de valores... É a solidariedade de bancar o mate lavado porque a charla é boa. A charla, não o mate. É o respeito pelos tempos para falar e escutar, tu falas enquanto o outro toma, até que num momento dizes: Basta, troca a erva!.

É o companheirismo nesse momento.
É a sensibilidade da água quase fervendo.
É o carinho para perguntar: Está quente, não?.
É a modéstia de quem ceva o melhor mate.
É a generosidade de servir até o final.
É a hospitalidade do convite.
É a justiça de um por um.

A obrigação de dizer obrigado ao menos uma vez ao dia. É a atitude ética, franca e leal de encontrar-se sem maiores pretensões, de compartilhar.

TE SENTISTE INCLUÍDO?
Compartilhe então, com quem alguma vez tomaste um mate."

Obrigada Pai, por eu poder matear com esses dois anjos.

Cassia

sexta-feira, 14 de setembro de 2007



Hoje é sexta-feira de uma semana que foi muito estressante para mim e para o meu país. Quase me esqueci de um juramento antigo, em que me predispus a não permitir que fatos e pessoas ruins invadissem o meu espaço íntimo, a casa do meu Eu. Esta semana eu me irritei, fiquei frustrada, ainda estou inconformada, chorei de indignação. Uma loucura tudo isso. Mas também vi horizontes profissionais se abrirem e é bom demais. Nada de canalhas hoje, quero somente...

Simplicidade

Cada semana, uma novidade. A última, foi que pizza previne câncer do esôfago. Acho a maior graça.

Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas, peraí, não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos. Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro, faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas, depois, rejuvenesço uns cinco anos!
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias!
Brigar, me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez, me embrulha o estômago!
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro, me faz perder toda a fé no ser humano...
E telejornais... Os médicos deveriam proibir... como doem!
Caminhar faz bem, namorar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo faz muito bem: você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã, arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite, isso sim, é prejudicial à saúde.
E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda.
Não pedir perdão pelas nossas mancadas, dá câncer, guardar mágoas, ser pessimista, preconceituoso ou falso moralista, não há tomate ou muzzarela que previna!
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca.
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é o melhor de tudo e muito melhor do que nada !

Luís Fernando Veríssimo

Tio Luís sempre tem as palavras certas para me acalmar. Muito bom isso!

Cassia

quarta-feira, 12 de setembro de 2007




VERGONHA



de
Cassia Pereira
18:47 (15 minutos atrás)
para

am@jovempan.com.br

cc
adelmir.santana@senador.gov.br,


















































































data
12/09/2007 18:47

assunto
Qual o tamanho da sua indecência?

enviado por
gmail.com

Senhores senadores da República

Senadores em minúsculo, da mesma forma que é minúsculo o caráter dessa casa onde habitam covardes e vendidos, tenho uma única pergunta a lhes fazer:

Quantas Mônicas borboleteiam nas suas vidas pregressas? Quantas cervejarias? Quantas concessões de radio e televisão? Quantas malas de dinheiro vivo?

O povo brasileiro chegou à conclusão que essa casa não é um parlamento e sim um prostíbulo e vossas execrências são os caftens e cafetinas que gerenciam o caos, que de forma vil teimam em chamar de democracia.

Saiam às ruas senadores, saiam e ouçam o brado do povo e recebam a nossa indignação e se Deus quiser, sejam ovacionados com o produto podre, tão podre quanto o caráter de cada um de vocês.

Vocês não nos representam, são sim a escória de ladrões que perpetuam em todos os escalões desse governo pífio, onde mamam até esgotar a última gota.

Oitenta e um corporativistas safados, ordinários e covardes.

Eu sou

Cassia A. B. Pereira
Uma cidadã Brasileira que tem um profundo nojo de todos vocês

segunda-feira, 10 de setembro de 2007


Memória



É incrível como hoje eu me dei conta da minha memória. Nas quase três horas em que assisti ao documentário da GNT sobre o 11 de Setembro, fiquei relembrando de fatos mundiais marcantes ocorridos nestes meus cinquenta e dois anos e de onde eu estava quanto fiquei sabendo deles.


O golpe militar de sessenta e quatro e uma garotinha de oito anos assustada segurando a mão do pai, passando em meio a cavalos na rua Maria Antonia e o fogo na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras que ficava em frente ao Mackenzie. Poucos meses depois, em novembro, essa mesma menina sentada ao lado da mãe que passava roupas, ouviu que o Presidente Kennedy tinha sido assassinado. A adolescente curiosa, que assistiu o homem pousar na lua pela televisão na sala da casa de duas amigas, em julho de 1969. A passeata dos estudantes pela anistia, em 1977. Tem até foto de um amigo meu na capa da Veja. Na noite da votação pelas diretas eu estava em plena aula de desenho arquitetônico e choramos juntos, classe e professor.


Tantas lembranças, mas acredito que a mais forte, a mais impactante é de 11 de setembro, quando o segurança da empresa em que eu trabalhava veio correndo me dizer: Você não vai acreditar, mas um avião acabou de bater num prédio de Nova York e estão dizendo que foi ataque terrorista. Liguei para minha casa e perguntei à minha irmã o que acontecia. Ela chorando, me disse que estava passando na televisão. Já se passaram seis anos e eu ainda fico emocionada e pasma com tamanha covardia.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007


Talvez eu sequer consiga expressar aqui toda a minha alegria. Bem provável que muitas coisas deixe de dizer, tamanha é a vibração presente neste meu coração brasileiro. Confesso que estou procurando dois e-mails para transcrevê-los. Só mais uns instantes, por favor.
Este e-mail mandei para José Dirceu em uma noite, quando a minha indignação chegou ao ápice e se não fizesse algo para aplacá-la, acredito que explodiria:

data
19/10/2005 21:07
assunto
O que é você?
enviado por gmail.com

Espero que seus acessores, que lêem seus emails, lhe contem a quantidade de cópias e para quem foram enviadas. Talvez você desça do seu pedestal de arrogância e prepotência e veja o que eu, uma mulher do povo, pensa sobre o que é você. Mas se não ler não tem problema, meu brado de inconformismo e minha cobrança de lealdade para com o povo brasileiro, serão vistos por seus pares, e é isso mesmo que eu quero. Pois são eles que levarão você a perder esse mandato ao qual se agarra e que não honrou.
Você pode tentar todas as instâncias de todos os lugares, você "repelir" todas as acusações, você pode se perder em meio às suas contestações, nesse mar de papeis que gosta de carregar, para proclamar sua inocência. Você pode comprar, você pode intimidar, você pode "negociar". Não existe crime perfeito, mais cedo ou mais tarde vão lhe pegar.
Lembre-se de Al Capone: Não o prenderam por tantas mortes, mas do fisco ele não escapou.

Você não teme nada e nem ninguém, nem mesmo a sua consciência, até porquê você não a tem. Mas tenha certeza, em algum lugar, em algum momento, em algum documento, está a falha que você não conseguiu sanar. Bem capaz que ela esteja bem à frente dos seus olhos, cuja visão é embaçada por essa soberba incomensurável, que faz com que se julgue acima do bem e do mal.
Eu não quero você com imunidade para continuar com seus desmandos. EU SOU O POVO.

O povo que paga os impostos, paga os salários públicos, o povo que elege... Ninguém mais quer você deputado ou o que quer que seja no governo ou em nossa casa.

O povo sofrido, a quem foi sonegado tudo. Educação, saúde, trabalho, vida decente e não sobrevida agonizante. Esse povo quer voltar a ter orgulho do seu país, quer voltar a ter dignidade e tirar de você todos os benefícios de um deputado, é com certeza, um grande passo para que isso aconteça.

São 510 deputados que têm que prestar contas às pessoas que os elegeram em seus estados.
Lembre-se José Dirceu, muitos deles são honestos, são íntegros, legislam em prol das pessoas desse país. Os outros não querem provar nas urnas, o gosto amargo da derrota por lhe apoiar.

O que lhe sobra José?
Palavras de apoio em plenário?
Palavras o vento leva.
O voto é: S..E..C..R..E..T..O
E somente os incautos votarão a seu favor, em nome de um passado.
Porque o passado nada conta, contra a realidade sórdida desse presente.
E por falar em passado... Enquanto você literalmente, dissimulava sua aparência, eu perdi amigos, professores... em uma luta por um país melhor.
As pessoas valem pelo o que são e jamais pelos títulos que ostentam.
Ex guerrilheiro - ex deputado estadual - ex presidente de partido - ex ministro - deputado federal.
E você José Dirceu, o que é você?
Eu sou

Cassia Pereira
CIDADÃ BRASILEIRA
Esse é meu único título. Não está afixado em um quadro na parede da minha casa.
Mas está cravado no meu coração.
Recebi esta resposta:

de
Dep. José Dirceu
24/10/05
para gmail.com
assunto
RES: O que é você?
enviado por
camara.gov.br


Cássia,
Há 150 dias, estou no centro das atenções da opinião pública sob a acusação de ter organizado e coordenado um esquema de corrupção para favorecer parlamentares e partidos que apóiam o governo Lula.
Todos sabem que um político, quando acusado, mesmo injustamente, perde totalmente as garantias e direitos fundamentais que as constituições democráticas estabelecem de forma a defender todos os cidadãos e cidadãs de injustiças promovidas em nome da coletividade. O ônus da prova passa do acusador ao acusado, em uma inversão de valores só admitida no mundo político e nos regimes de exceção.
A denúncia contra um político é como epidemia contagiosa. Feito o cordão de isolamento, quem não provar a condição de saudável está irreversivelmente condenado à segregação. A atividade política, na maior parte do mundo, é vista com repugnância e desprezo por boa parte da sociedade. É considerada um mal necessário, por uns, e até desnecessária, por outros.
Políticos que acumulam poder e reconhecimento social, acumulam, também, ressentimentos, incompreensões, mágoas e ódios despertados pelos mais diversos motivos. Audiências negadas, telefonemas não retornados, convites recusados, a falta de um sorriso ou de um cumprimento, uma pendência não resolvida, o atraso em um compromisso, o esquecimento de um nome ou de uma referência, uma resposta atravessada, um pleito não atendido e outros tantos desentendimentos ou decepções. Difícil quem não tenha motivos para desgostar de alguém com poder. Mesmo que só o faça na solidão de sua consciência.
Por mais justas que sejam as reclamações, muitas vezes os ressentimentos sedimentados contra as pessoas que acumulam poder decorrem da incompreensão ou desconhecimento do acúmulo de pressões, problemas, conflitos e responsabilidades que pesam sobre os ombros de quem ocupa cadeiras estratégicas na estrutura de um governo. Algumas personalidades conseguem resolver melhor esses conflitos, outras, não.
Embora esses sentimentos estejam subjacentes ao meu processo, reconheço que existem razões objetivas para que minha passagem pelo governo seja minuciosamente investigada por todas as instâncias republicanas. Faço questão que todos os casos em que haja qualquer suspeita sobre minha participação em atos ilícitos sejam apurados com rigor, independência e isenção. Tanto no âmbito do Poder Executivo (Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Conselho de Ética Pública ou Comissões de Sindicância), como no do Poder Legislativo (Comissões Parlamentares de Inquérito) e do Poder Judiciário.
Dou você o direito à indignação. Mas, somente para efeito deste debate, indignação a que? Ao que a mídia veicula? A mídia e os que me acusam não conseguem demonstrar os males que eu teria causado. Não tenho direito à dúvida? Não tenho direito à defesa? Eu tenho que ser cassado? Por quê? Este porque, até agora não surgiu. E não surgirá.
Por mais que estejas indignada, o fato é que sou inocente das acusações que me fazem. E vou continuar me defendendo, sempre.
José Dirceu


Inocente... Inocentes. .. Não são e nunca foram. E ontem este país começou a respirar um pouco melhor, porque o ar recebeu o odor da dignidade, graças a Deus!

Cassia

segunda-feira, 27 de agosto de 2007


Eu não sou jornalista, cientista política, advogada, muito menos escritora; embora tenha que confessar o meu atrevimento com as palavras. Mas fico tateando à procura da famigerada inspiração ultimamente, coisa difícil de encontrar, dadas às minhas limitações de talento e também porque o meu único atributo é ser uma cidadã indignada, que lê jornais, assiste televisão e ouve rádio todo santo dia.
Lembro-me de que ao abrir a Folha de São Paulo no começo de junho de 2005, deparei-me com uma entrevista bombástica do então deputado Roberto Jerfferson sobre o pagamento do que ele chamou "mensalão" à inúmeras figuras políticas. Era nitroglicerina pura e fiquei imaginando que se existisse um sensor de calor coletivo, as cores de Brasília seriam iguais ao vermelho alaranjado das explosões solares, sem que isso significasse um acúmulo de pessoas empunhando as bandeiras do partido governamental.
Entretanto, nem nos meus piores pesadelos imaginei, que os desdobramentos daquela entrevista fossem tantos. Até sessões da CPMI galgaram altos índices de audiência na TV Câmara e a população começou aprender o que era "política". Quanta sujeira, Santo Deus! Quantas mentiras deslavadas. A cada dia uma nova trama, uma nova desordem. Bastiões da nova política caindo pulverizados; até parecia fim de encantamento. Ídolos com pés, pernas, braços e caráter de lama fétida sendo expostos à execração pública e ainda sim bradando inocência. E aí a CPMI acabou. Ofereceu denúncia ao Ministério Público contra quarenta pessoas.

É sabido que o povo não tem memória, ainda mais que depois do mensalão vieram outros escândalos sobre tantas outras pessoas. Fica difícil lembrar de tudo e de tanta gente muito menos de procurador, mesmo que seja o Procurador Geral da República.

Acredito que Themis bailou com Zeus no Olimpo semana passada, ao ver um mortal exercer seu poder e pedir a abertura de ação penal contra os quarenta ladrões, que desviaram recursos públicos. Minhas preces são para que a Justiça seja feita, mesmo que demore. Parabéns Dr. Antônio Fernando Barros e Silva de Souza! Parabéns por sua coragem, sua independência. Não o parabenizo por sua honestidade e sei que entende muito bem o porquê. Honestidade não é mérito e sim obrigação, mas o aplaudo em pé por tê-la cumprido com galhardia.

Cassia